Afinal, arrumei?

12 janeiro, 2017

E eu consegui arrumar alguma coisa? Muita coisa sim! Mas a vida é aquela coisa, quanto mais mexe, mais coisas encontra pra viver, descobrir... pôr em ordem. Essa é a beleza (e o desastre) de tudo.
Passaram-se mais de dois anos desde o dia em que criei esse blog e achei que ele poderia ser uma saída. Mas claramente, eu não estava pronta pra mais um compromisso e nem tinha coragem de começar nada novo.
2014 foi o ano mais difícil, foi o baque da mudança, da rotina nova, o choque de realidade que eu não era tão boa aluna quanto pensei e que a engenharia é sim muito ingrata. Em 2015 eu já estava um pouco melhor, mas olhando agora... meu deus como fui teimosa! Eu não cedia que precisava reformular muita coisa na minha vida, que tinha de abrir mão de ir nos fins de semana pra casa, de ficar horas na internet fazendo vários nadas e precisava estudar. Nada de muito significativo aconteceu em 2015, continuei fazendo as mesmas coisas que em 2014 esperando que algo mudasse; a gente gosta de insistir no erro né?!
Já em 2016 eu não aguentava mais reclamar da faculdade, da rotina puxada e da falta de tempo. Teve novidade? Teve. Coisas boas? Umas sim, outras nem tanto. O namoro passou a ser mais a distância do que já era e ainda não nos habituamos a isso, resolvi pegar muito mais coisas pra fazer e encher meu dia pra não ter espaço pra não fazer nada e me sentir um lixo depois. Funcionou muito bem, eu me senti muito mais realizada e feliz comigo mesma. Na faculdade tudo ficou ótimo? Óbvio que não. O quinto semestre até que deu tudo certo (não sei como) e no sexto tirei a maior quantidade de 2 em provas ja vista haha e bombei uma matéria. Mas não fiquei nem perto da depre que fiquei no fim do quarto semestre com duas DPs.
O meu maior erro sempre foi achar que precisava me dedicar inteiramente apenas à faculdade e mais nada, talvez esse até seja o segredo dos CR altos da minha sala, mas eu nunca consegui e nunca vou. Eu nunca consegui me dedicar tanto e me sentia frustrada porque eu não tinha outras tarefas, então tudo que eu fazia era estudar (e dormir, ficar em rede social, assistir série) e me sentia a pior pessoa por continuar sofrendo com notas horríveis na faculdade sem saber o que eu estava fazendo ali, não sabia o que eu estava fazendo de errado e muitas vezes duvidei se ali era realmente meu lugar.
Não vou dizer que hoje ainda não sinta todas essas coisas, mas acho que consegui ficar tão ocupada a ponto de não deixar esses fantasmas me atormentarem mais (não muito).


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